Chegou ao nosso correio esta "escandalosa" notícia à que damos pábulo:
Érase
umha vez um comerciante de armas cuja empresa fabricava bombas de
racimo e que vendia, entroutros, ao governo do seu estado. E resultou
que, com o tempo, o governo do seu estado assinou um convénio
internacional no que se acordava umha moratória no uso, producçom e
venda dessas bombas de racimo, com o que deixou de compra-las e permitir
exporta-las. Entom o comerciante denunciou o governo por ter que deixar
de vende-las.
Tres anos depois da sinatura desse convénio, nesse
estado houvo umha muda de governo, e o novo presidente tivo a
ocorrência de nomear como ministro da guerra o devandito comerciante de
armas: Alguém pode melhorar isto? Agora este comerciante, transmutado em
ministro, será quem faga efectivo o pago á súa antiga empresa da
indemnizaçom correspondente: Um belisquinho de 40 milhons de euros !!.
Pedro Morenés, actual ministro da guerra do estado espanhol desde dezembro de 2011, fora conselheiro da empresa Instalaza
entre 2005 e 2007, depois se passou a ocupar o posto de representante
legal desta empresa até o 4 de outubro de 2011, segundo recolhe o
“Boletim Oficial do Registro Mercantil”.
Instalaza figura nesse
Registro como empresa de fabricaçom de armamento, e entroutras,
fabricava bombas de racimo até que em 2008 o Congreso espanhol ratificou
um convénio internacional pola moratória na sua fabricaçom e
utilizaçom. Assim tanto a crise como esta proibiçom de fabricar e vender
bombas de racimo levaram a Instalaza a facturar um 42,6% menos em 2009 e
a fechar esse ejercício com perdas de 127.499 € , mas a moratória nom
durou moito e mesmo ao ano seguinte semelha que a situaçom deu-se a
volta, pois segundo as próprias contas da empresa correspondentes a
2010, Instalaza rematara esse ano deixando atrás os números bermelhos e
acadando um benefício neto de 634.485 €, dado que se bem a moratória em
quanto as exportaçom seguerom, nom assim as ventas ao próprio ejército
espanhol, que duplicarom, e isso pese aos supostos recortes
presupuestários em Defensa, estando ainda o PSOE no governo.
Tudo isto saiu a luz em 31 de outubre de 2011, quando o jornal Cinco Días
revelou que Instalaza decidira recorrir aos tribunais para pedir que o
Governo espanhol a indemnizara com 40 milhons de euros em concepto de
desagrávio pola proibiçom do uso, almacenamento e fabricaçom das bombas
de racimo como consequência da firma desse Convénio. Nom tanto, esta
empresa já apresentara, em maio de 2008, quando Morenés era o seu
representante legal, umha reclamaçom via judicial por perda patrimonial
ao governo por 40 milhons de euros, em concepto de dano emergente e
lucro cesante por venda em sete paises.
Agora vimos de saber que
Instalaza venderá a déveda a umha terceira empresa que à sua vez a
revenderá e finalmente o Ministro pagará dezindo que nom é a sua
ex-empresa quem cobra.
O dinheiro sairá dos impostos de todas,
naturalmente. Os nossos quartinhos pagando idemnizaçons a empresas que
se beneficiarom vendendo bombas que a dia de hoje seguem assassinado e
mutilando criançinhas (especialmente no norte de África onde case o 100%
das bombas de racimo som de fabricaçom espanhola). Porque estas armas
mortais fabricadas durante anos pola empresa de Morenés, denominadas
eufemisticamente “sub-muniçons espargidas”, tenhem um elevado rango de
erro e é normal que fiquem bombas soterradas sem explorar moito tempo
depois de ser lançadas, o que as convirte em moi perigosas, e em
especial para as crianças dado que tenhem formas chamativas, como
pelotas de tenis ou latas de refrescos, porque é assim como as camuflam
estas empresas assassinas como a do Ministro da guerra espanhol.
http://abordaxerevista.blogspot.com/2012/05/o-ministro-as-bombas-os-negocios.html
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